quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Até onde o direito de informar-se e de informar pode sobrepor-se aos direitos autorais?

Informação é poder. Esse poder pode apresentar-se na forma de ser o único a saber fazer algo ou poder negar acesso à ela. Algumas vezes barramos em impedimentos no acesso à informação e ficamos frustrados. “Eles não tem esse direito!”, logo pensamos. Mas da onde tiramos essa idéia? Qual seria a razão de um autor não poder utilizar sua descoberta como quiser? Ele estudou e pesquisou por um tempo para chegar a ela, nada mais certo que a gente pague para ter acesso a ela. Quando vem um encanador consertar os problemas nos canos, ninguém reclama na hora de pagar. Podemos dizer que ele é careiro, mas ninguém se recusa por causa do ato do pagamento. Por acaso, o que o encanador tem não é uma informação, um conhecimento que nós não temos? Nós pagamos pelo conhecimento e experiência dele para realizar um ato que não sabemos fazer, não pelo trabalho em si.
Por outro lado, algumas vezes a informação que queremos não será disponibilizada para nós mesmo que possamos pagar por ela. É o caso de algumas séries que são lançadas nos EUA e não são repassadas para o Brasil, não tendo nem sequer a opção de comprar os DVDs, já que nem sequer esses são lançados aqui. Se houvesse alguma forma de pagar para baixar, acredito que seria de extrema popularidade, mas como não há, os fãs que querem continuar acompanhando sua série favorita é obrigado a baixá-la gratuitamente. Além disso, os sites piratas estão mais popularizados e reconhecidos como fonte de informação que os recentes sites oficiais, onde podemos comprar músicas por um preço baixo.
Então, quando temos a informação disponível, qual a razão de reclamarmos do preço da produção intelectual? Não vemos o trabalho que dá chegar nela e a informação não é física, não é visível, é inodora e insossa e tampouco molha a nossa casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores